sábado, 7 de fevereiro de 2015

Equilíbrio


Imagine que racional
Um rico “povão”
Vai na exposição cultural
E no samba do morrão
Um homem H maiúsculo
Que chora em público,
Mulher que lava louça
E trabalha com força
O pobre lúdico
Que tem muito a ensinar
Na escola ao público
Não pública ou particular.
Ah, as etnias…
-Eu sou ser humano.
Essa de cor
Só nas canetinhas.

À primeira vista

Sol escaldante
Vagando pela rua
Cabeça distante. 
A culpa é sua,
Desses seus olhos brilhantes.

Sol escaldante
Olhos semi-abertos
Em volta embaçado
Adiante,
Seus sorriso discreto.

Amor à primeira vista? 
Tem tempo. 
Os sinos da igreja
Nos instiga,
Dia de casamento.

Teu eu lírico me encanta

Sol é tontura
Nostalgia que dura
Pele suada
Fora do conto de fadas

Sol é verão
       [Redenção]
Me vendo no brique
Chamando a atenção

Simples chique insiste
Só peço um beijo
Um requinte
Para a porta de entrada ao desejo.

Antes da lua
Seca crua
A vida é tua
Mas te quero na luz
E você que a conduz

Vive na escura
Mas olhe no espelho
Esse olhar guerreiro
Conosco tudo muda

Não pode fugir
Não tente mudar
Pantera negra não é,
Leão!
Basta rugir
Seja você
Vá iluminar.  

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Passei e nem te vi

Quando pensas
Passei por ti
Pisei-o sem pedir licença
Passei e nem te vi
Assis Brasil é verídico
Velha avenida
Passo, um grande político
Passo, conheço sua vida?
Lupicínio Rodrigues
Lupi -o poeta.
Nas canções conseguistes
Minhas respostas e, concretas.
Nostalgia diária
Passo por passo
calço ou descalço
Devaneios de sua estada.

Quem ser Quem sou

Quem dera eu
Trocar com Getúlio
Morrer pela história
Não pela minha casa
Embaixo de entulhos
Quem dera eu
Trocar com Elis Regina
Morrer deixando canções
Não fumando emoções
E entre os dedos nicotina
Quem dera eu
Ser como Lupicínio
Poeta da raça
Compositor? Exímio.
A minha cara
Quem dera eu
Ser como Paixão Côrtes
Um monumento que me persegue
Nao ser só um silva
Da grande Porto Alegre
Quem dera eu
Poder acreditar:
Morrerei conhecido
Pela estranheza de achar
Que ser alguém é impossível.

Tao e Meu

Eles lêem minha poesia,
visualizam as minhas fotos:
Diferente,
Sem rótulos

Eles vêem minhas fotos:
Ridículo
Visualizam as poesias:
Distinto

O que nos distancia?
Eles não podem
Quebrar a magia

Expulsam minhas visões
Cobrem com a social correta
Só porque não li Camões
Sou hipócrita, não poeta.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

erroneamente certo

Com o medo de ser igual
Ouço sempre atentamente
E nesse meio paranormal
Não escuto o que eu..
“O que você sente?”
Achas mesmo que vai ser alguém?
O preconceito ta aí,
Não ligam se você é alguém,
Só querem te reprimir;
Achas que vai ficar com
A garota dos teus sonhos?
Você não é bom,
- sem rima.
Vive-se de dinheiro;
Vivemos no verdadeiro,
Precisas de alto estima
Nesse mundo corriqueiro
Não vai querer ficar para trás.
E se acha que poema
É sempre amor,
Não vou poder te satisfazer,
Na vida também tem dor,
Não se iluda com um fonema
Mas, se o mundo tem cor,
Se existe alguém assim;
Se existe:
Prazer,
Mandei uma carta para você.

Imagine

No helicóptero é como dentro do mar
Quanto mais forte, mais longe a imensidão

No avião é como no vento um balão, 
Suave, mas eu sempre com medo de estourar

E eu sou como os hipócritas são, 
Sinta como eu sinto, mas não faça como eu faço”.
Fecho os olhos e imagino, como pode acreditar.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Meu eu poeta

Vislumbro as praças e escolas, dia-a-dia,
transeuntes discorriam vagarosamente;
Tudo lembra poesia,
isso meche com a mente.

Menino muito pobre
                - Lépido.
Menino muito nobre
                - Excêntrico.

Porque não transcender a razão,
poesia faz pensar com sentimento.
Seja você e nada mais então,
O sentimento vem de dentro
    - por fora vem a compreensão.