sábado, 14 de março de 2015

14 de março

Hoje é dia dos meus sonhos
Irrealizáveis, que guardo no papel
A falta de coragem ao todo
Libertando-se em versos

Hoje é dia dos meu contos
Da rima amiga que venero
Do que não quero esquecer
E o liberto por aí

Hoje lembro de quando tive coragem
E mostrei meu interno a cada estrofe
De quando menti, falei bobagens
Mas as acolhi junto as verdades

Ainda não me identifico
Mas o dia também é meu
Lembra quando fiquei rico
Literário apogeu.

Camaleão não

Os beijos são como cartas de amor
Ficam mais fortes a cada entendimento:
Cartas de um pretensor
Um beijo roubado, sem tempo

Já eu, prefiro as complexas
Daquelas que te faz pensar
Traduzindo para um beijo:
Duradoura e temperatura amena
no começo, te decifro, e vejo aonde vai chegar

Adoro escrever, sou adepto a seu modo
Dizem que sou camaleão, mas não
Ele tem sua essência, finge
muito bem outras
Eu só vivo em constante aprendizagem
Deixo seu beijo me levar a qualquer parte.

Constantes passos

A frase que me atormenta
"Continuar ou desistir"
Faça pense senta
A adrenalina passou
E agora, como agir?

O momento já não lembro
Só restou o saber de que fiz
Preciso revivê-lo
continuamente, para não ir

Ter tempo me faz pensar
Logo, entra a discussão
Sentimento e razão
Devo estar em constantes passos
Pra cabeça não virar

quinta-feira, 12 de março de 2015

Ansiedade antiga

Meu desejo por coisas antigas
Não parece estar fazendo bem
Ainda não tenho a máquina de escrita
E todos os dias esse desejo vem

A ansiedade também
É um grande problema
Por não conseguir de primeira
Vive a me atormentar

Escrevi uma carta dizendo
O que sentia por ela
O laranja da relação foi um dono de bar
Mas sem dar tempo ao tempo
Sem pensar, ela apenas riu da ideia velha

Meu desejo de conquistar
Tinha sido outro fracasso!
Já a ânsia em pestanejar
Estava ocupando seu espaço


O problema não era de não conseguir
Mas de ambos se juntarem
Passar por uma ansiedade antiga
novamente, só podia ser miragem
A vontade, nostalgia, tudo no cio
Até meus olhos diziam o quanto queriam rugir.




quarta-feira, 11 de março de 2015

Sobre gostar de te olhar

O teu olhar não me diz nada
Uma agonia que eu carrego
Olho, olho nada discreto
Só olho, sem fala

Dia após dias decifrando-te
Ressabiado em perguntar
Aquele silêncio alegre no ar
Não querendo que me encantasse

Logo, se apresenta um sorriso
Que engrandecia tua alma
- ao tempo peço calma.
E dei um sorriso, amigo

Tudo estava mais visível,
No seu devido lugar?
E porque havia de estar,
Ainda estava inelegível

Olho-te mais um pouco
E fico um pouco sem graça
Percebo que vislumbrar-te
É só o que quero ao todo

Não me entenda mal
Não me passe essa culpa
Posso até pedir desculpa
Pelo meu jeito,
que chamaria de banal.

Paixão traz inspiração

Aquela paixão que me deixava sem ar
Já não é mais a mesma
Hoje, o fato de tê-lá
Já não vai mais me instigar

O feitiço de sereia que canta e encanta
Está na última estrofe; última dança
A melodia para e volta o silêncio
Para o peito, aquele alento


Talvez essa seja a solução
Deixar de lado encantos, a emoção,
O concreto também é bom
Desde de que eu crie um abstrato
Pois esse sim inspira, me leva aos altos

Do que adianta a tal paixão
Se não vai me inspirar
Louca, imprópria, sem noção
Não importa
Mas, em alguma coisa precisa dar.
Busco você, que represente cada obra.

Estou aqui

O seu medo intimida
O de não querer se entregar
O modo como arrisca
Desconfiada, um pé atrás

O sorriso arrebatador
Escondido pelos erros
Coração de mármore
Difícil descrevê-lo

E de parte em partes
Que se parte teu coração
Recolho com aconchego
Tirando a cegueira, dando a visão
Esperando que quando olhares
Me veja com outros olhos.

domingo, 8 de março de 2015

O dia delas

Instiga transforma
A alma intimida
Timida mórbida
Aonde passa contagia

Seu jeito delicado
De independência e cortejo
Sorriso de aparelho
Te vejo, impacto

Mulher de mel
Criança fiel
Nostálgico valor
O que aprende é louvor

Fiel a sua crença
Invade a praça
Vislumbre sua graça
O olhar desvenda.